Saiba o que fazer quando houver assédio moral no ambiente de trabalho
O ambiente de trabalho é um local que costuma demandar muito esforço, cobranças e pressão para extrair a máxima produtividade possível de todos os envolvidos nesse contexto.
O que infelizmente acontece bastante é quando esses fatores ganham uma proporção maior do que a devida e comprometem a harmonia do ambiente. É quando a cobrança crescente por metas e resultados se torna agressiva ou quando a relação entre os funcionários de uma empresa não é trabalhada de forma satisfatória. Situações assim são desencadeadoras do que pode se configurar como assédio moral.
Entendido como a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a episódios humilhantes e constrangedores, por meio de práticas abusivas como gestos e palavras, proferidas pelo empregador ou outra pessoa acima a ela na hierarquia.
O assédio moral é uma violência ao empregado(a). É quando uma série de situações vexatórias provoca humilhação, intimidação e ofendem a dignidade do trabalhador.
Embora o assédio moral não seja tipificado pela lei, ele pode ser compreendido como qualquer conduta recorrente abusiva, que atenta contra a integridade e dignidade física ou psíquica de uma pessoa, o que afeta seu trabalho e, por vezes, até a sua vida pessoal.
Diante de episódios de assédio moral no ambiente de trabalho, o que deve ser feito então? Como agir e que tipo de atitude deve ser tomada? Saiba mais a seguir:
Mecanismos de combate
É muito importante que todos os envolvidos em um ambiente corporativo sejam capazes de perceber e identificar situações abusivas que se perpetuam e que se configuram em assédio moral.
Nesse sentido, é fundamental investir em ações educativas e de capacitação, que fomentem uma cultura de paz nos relacionamentos em todos os níveis.
Para fortalecer essa cultura, os canais internos de comunicação são de extrema importância, divulgando informações sobre assédio moral e os recursos disponíveis para denunciá-lo.
Os gestores têm um papel muito relevante no combate e na prevenção ao assédio moral, cabendo a eles serem agentes multiplicadores dessa cultura corporativa, que deve seguir um Código de Ética próprio da organização.
A partir do momento em que se toma ciência de um caso de assédio moral, a área de Recursos Humanos (RH) deve averiguar a veracidade da denúncia e, constatando que ela procede, encaminhar o caso rapidamente para a direção, bem como fiscalizar as ações. Na etapa seguinte, o comando diretivo da organização deve adotar as providências necessárias, sem envolver os acusados na decisão.
Apuração
A partir do recebimento da acusação, os gestores de RH e empregadores precisam dialogar sobre a situação pensar em conjunto sobre quais ações devem ser tomadas para não só punir casos, como os evitar na posterioridade.
Na perspectiva de que o assédio moral acarreta uma série de consequências para as vítimas, mas também prejudica a empresa no que diz respeito à sua imagem institucional, é necessário compreender que haverá uma crise interna a ser contornada.
Nesse contexto, a empresa precisa agir rápido e de forma coordenada para que os danos à sua imagem não sejam ampliados, sem esquecer de acompanhar as condições psicológicas dos envolvidos na questão.
Após a coleta das provas e apuração do fato, a empresa pode advertir formalmente o(a) agressor(a) ou até demiti-lo por justa causa, a partir de todo o embasamento jurídico.
De qualquer modo, a empresa é tem por obrigação tomar todas as providências cabíveis para resolver o caso e evitar que situações como essa se repitam.
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